Grandes transformações tecnológicas alteraram a maneira como a produção empresarial se organiza desde há muito tempo. Invenções como a máquina a vapor no séc. XVIII e a linha de produção no começo do séc. XX, tornaram-se marcos históricos de como inovações podem mudar o mundo.
Nesse processo, é comum que algumas funções sejam totalmente transformadas ou extintas enquanto outras profissões ascendem e tornam-se comuns. A datilografia, muito importante para qualquer escritório nos anos 50, foi transformando-se em digitação com os computadores nos anos 80 e 90. Hoje em dia, digitar em um teclado é uma habilidade que nem chega a constar em um currículo.
Mesmo com a história do desenvolvimento repleta de grandes mudanças, a ideia de que a tecnologia irá “acabar com os empregos” continua fazendo parte dos receios de muitas pessoas.
A velocidade em que as mudanças tecnológicas têm acontecido no séc. XXI contribuem para esse clima de incerteza, já que inovações como inteligência artificial, automação e robôs estão a cada dia mais comuns no cotidiano de empresas de todas as áreas.
Está muito claro que essa transformação, chamada de quarta revolução industrial, está apenas no começo. Dessa forma, o que é possível esperar do mundo do trabalho no contexto de um processo de transformação digital que age nos mais variados nichos empresariais?
Adaptando-se para um novo mundo
Carros que dirigem-se sozinhos, robôs que atendem o público e aplicativos que substituem estruturas consolidadas de trabalho já são comuns. Mas o que será dos motoristas, atendentes e vendedores em um mundo no qual essas tecnologias se tornaram a forma corriqueira de atuar das empresas?
A resposta rápida é: alguns cargos serão extintos e outros serão criados. As pessoas poderão se adaptar para essa nova realidade, em busca de suprir outras demandas empresariais e sociais. No entanto, de forma alguma os empregos serão totalmente extintos pela automação.
Enquanto problemas para serem resolvidos continuarem na pauta das empresas, os postos de trabalho irão existir e profissões surgirão em resposta a cada novo momento.
Com a revolução tecnológica em plena velocidade, podemos dizer que apenas essa área será responsável pela criação de diversas ocupações, exigindo novas habilidades técnicas e transpessoais.
Carreiras como gestor(a) de marketing para social mídia, especialista em comunicação digital, estrategistas para o mercado online, consultorias para treinamento e implementação de soluções para transformação digital, cientistas de dados e programadores(as) avançados(as). São apenas algumas das profissões que tendem a crescer, apenas no nicho tecnológico.
Ao mesmo tempo, postos de trabalho consolidados, fixos e especialmente os que dependem de esforço manual, podem sofrer uma queda considerável na medida em que inovações tecnológicas - especialmente a automação - modificam a paisagem industrial. Isso não é um processo novo na história, já que até mesmo a famosa “linha de montagem” inventada por Henry Ford foi totalmente alterada, ainda no séc. XX, pela inclusão de soluções automatizadas para montagem dos carros.
Apesar disso, é importante salientar que o principal movimento futuro não será o da simples extinção de funções, mas o da modificação substancial da forma de trabalhar.
A transformação digital leva às empresas a níveis inéditos de eficiência
A inteligência artificial, tecnologia que mais motiva a transformação digital hoje, não está necessariamente substituindo a mão-de-obra humana, ainda que essa seja a realidade em alguns casos. O que vemos frequentemente é um aumento exponencial da capacidade das empresas de atingirem níveis de produção e de relacionamento com o público que eram impossíveis antes da revolução tecnológica.
Esse processo tem como força motriz o “Aprendizado da máquina” (Machine Learning), uma das tecnologias essenciais no mundo da Big Data e das análises de padrões de comportamentos que são base de todo o marketing e comunicação personalizada que ocorre hoje. São centenas de gigas monitorados, analisados a todo instante, gerando gráficos e relatórios para uso estratégico de gestores e informação a ser incorporada por soluções de inteligência artificial.
No compasso dessas inovações, estamos acompanhando uma nova forma de gestão empresarial, que exige modelos de ação e estratégias de transformação digital voltadas a ações específicas para preparar os(as) funcionários(as) para novos métodos de trabalho.
Um exemplo de solução para transformação digital
No processo de transformação digital, quem quiser manter o trabalho nas empresas deverá buscar treinamentos, aprender novas habilidades e desenvolver uma mentalidade capaz de integrar as mudanças tecnológicas que estão ocorrendo velozmente. Esse aprendizado digital é necessário para o uso cotidiano de novas tecnologias e operação de plataformas digitais, como no exemplo abaixo.
Em um sistema de CRM integrado, os dados de históricos de transações de centenas de clientes podem ser compilados em tempo real, trazendo insights para a gestão, que por sua vez age com muito mais eficiência e rapidez na comunicação com o cliente.
Uma solução como o sistema da Salesforce é equipado com uma interface moldada para que diversos setores da empresa sejam interligados em uma plataforma inteligente. Um(a) vendedor(a) pode acessar o histórico de transações e compras de um(a) cliente em questão de segundos. Assim, o engajamento com o usuário é garantido e essa nova interação será computada, armazenada e metrificada como parte da inteligência da empresa.
Na mesma chave, os bots que atendem clientes não substituem a necessidade de atendimento humano, mas transformam o trabalho dos call centers em uma atividade compreensiva e atenta aos detalhes de cada caso. O atendimento automático permite que uma triagem do problema seja feita previamente e retira o excesso de demanda dos funcionários(as). Assim, a qualidade do atendimento cresce e torna-se mais ágil e humanizada..
Comunicação e cognição são as palavras-chaves para o futuro
Enquanto algumas áreas serão extintas ou transformadas, o futuro tecnológico reserva um lugar privilegiado para profissionais que concentram-se em duas áreas cuja excelência ainda é exclusivas dos seres humanos: a comunicação e a cognição.
Mesmo que as inovações tecnológicas nas empresas tragam mais eficiência no atendimento ao usuário e produtividade para seus times em diversos setores, a comunicação entre duas pessoas ainda está longe de ser substituída pelas máquinas.
É claro que a grande quantidade de dados e a automação estão possibilitando que essa comunicação possa ser cada vez mais direcionada e personalizada. Mas isso ocorre apenas a partir da capacidade humana de criar estratégias e de definir formas de agir a partir do contexto tecnológico.
A ideia é pôr em prática uma transição de atividades manuais para outras mais cerebrais, voltadas à inovação e pesquisa, na busca de tecnologias melhores e mais inovadoras. Essas inovações são uma demanda em setores que vão da saúde, à comunicação e entretenimento.
Assim, profissionais que buscam manter-se ativos(as) para o futuro do trabalho podem buscar o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como o equilíbrio emocional e a comunicação inteligente, bem como desenvolver raciocínio crítico e articulações sociais em direção à liderança.
Essas qualidades não devem ser desenvolvidas apenas por profissionais que almejam altas posições de gestão na empresa, mas para quem quer cultivar a aptidão necessária para trabalhar em equipes menos centralizadas e que exigem a tomada de decisões por funcionário(as) em vários âmbitos.
É por isso que a transformação digital é eficaz quando não fica presa à inclusão de uma nova ferramenta, mas toma força no treinamento e qualificação das equipes para que saibam lidar com as mudanças e a inconstância do mercado no séc. XXI.
Algumas profissões são totalmente dependentes da presença humana, mas poderão obter grandes resultados em um processo de transformação digital. Executivos, terapeutas, cirurgiões, vendedores, profissionais de suporte técnico, secretárias, etc. Nesses casos, a substituição das pessoas pela tecnologia será pequena e, nos melhores cenários, complementar.
Em outro sentido, artistas, músicos e profissionais ligados às áreas de comunicação e audiovisual serão beneficiados pelas inovações tecnológicas, desde que adaptem o modo como atingem seus públicos, utilizando a transformação digital para lidar com Big Data e para criar maneiras inovadoras de atrair a atenção das pessoas.
Um novo formato de trabalho
A transformação digital nas empresas inclui uma adaptação nos modos pelos quais a contratação e o regime de trabalho ocorrem. Com o aumento da velocidade de conexão mobile, o trabalho descentralizado e remoto está se tornando uma nova regra em uma grande variedade de empresas.
O trabalho remoto, inclusive, é uma solução que resulta em economia de recursos e menor impacto ecológico, já que não exige o uso cotidiano de transporte. Além disso, é comum que empresas operem com equipes internacionais, conectadas por meio de videoconferências e tarefas organizadas por meio de plataformas digitais, facilitando a colaboração entre matrizes e filiais e fortalecendo redes de colaboração.
Ainda que o regime de trabalho seja flexível, isso não significa que um(a) funcionário(a) não precisará ficar atento(a) o tempo todo com medo de ser dispensado(a) . A mudança mais profunda ocorrerá na movimentação dentro da empresa, já que a designação de uma função estrita e de um regime de trabalho rígido será substituída pela integração entre as áreas da empresa, entregando maior poder de decisão para os(as) funcionários(as).
Trabalhos em meio período ou com jornadas mais flexíveis se tornarão mais comuns, permitindo maior movimentação para funcionário(as), desde que cumpram com os compromissos previamente estabelecidos.
Como preparar a sua empresa para o futuro do trabalho
As empresas que buscam preparar-se para um futuro moldado pela transformação digital devem trabalhar o terreno e dinamizar algumas ações essenciais para que as tendências do trabalho do futuro possam ser facilmente adotadas.
Flexibilidade para aumentar a competitividade
Adotar metodologias ágeis e que empoderem os funcionários para tomarem decisões cruciais em seus trabalhos. Vendedores(as), por exemplo, devem estar aptos(as) a acessar informações do histórico de clientes, a partir de uma base de dados compartilhada e integrada.
Esse mesmo acesso permitirá que atendentes para assistência técnica e reclamações possam responder às requisições em tempo recorde, mitigando a insatisfação dos(as) clientes. Essa velocidade de compartilhamento de dados permite que a linguagem da empresa seja unificada em qualquer área, na voz de qualquer funcionário(a), abrindo espaço para aumentar a presença da empresa no mercado.
Além disso, a satisfação dos funcionários(as) aumenta com a liberdade de ação e com isso a qualidade de suas contribuições. Toda a relação entre empregados e empregadores deve ser flexibilizada e dinamizada em uma cultura de trabalho que inclua suas ações na implementação da transformação digital.
Adaptação para novas regulamentações trabalhistas
É de se esperar que a transformação digital ocasione transformações em arranjos trabalhistas, incluindo períodos máximos de jornadas de trabalho e de descanso. Da mesma forma, os trabalhos de freelancers estão em alta e prometem crescer nos próximos anos. O recrutamento temporário de profissionais pode ser melhorado desde que as empresas estejam organizadas e preparadas para transferir expertise e organização para integrar esses(as) profissionais em seus projetos.
Por onde começar a transformação digital?
A transformação digital é um processo que irá ampliar todas as áreas da empresa. Podemos considerar que ela envolve, a princípio, duas frentes:
Implementação de ferramentas tecnológicas
Para que uma empresa possa apreciar os benefícios da transformação digital, uma primeira etapa consiste na adoção de uma ou mais ferramentas tecnológicas que irão participar do processo.
Na Atile, oferecemos a implementação do Salesforce CRM. Esta solução é a líder mundial quando o assunto é transformação digital para experiência do cliente. A plataforma é simples de usar e utiliza tecnologia inovadora para gerar estatísticas e relatórios da experiência de consumidores em tempo real. Além disso, inclui ferramentas para gestão interna da equipe e para organização e envio de mail marketing, SMS e outras formas de comunicação.
A Atile adapta o Salesforce especialmente para as características de sua empresa, entregando um produto exclusivo e personalizado.
Treinamento da equipe para lidar com a nova tecnologia
A adoção de uma ferramenta como o Salesforce CRM não tem a simples função de acelerar um procedimento existente. Ela faz parte de um processo mais amplo de transformação digital, que inclui mudanças nas metodologias de trabalho e na gestão da empresa.
Essa segunda parte é tão importante quanto a adoção de uma ferramenta, já que ela será a condição para que a transformação digital possa ser compreendida e devidamente colocada em prática.
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