Segurança baseada na nuvem ganha espaço nas empresas

18/12/2019 10:38 - Por Denis Augusto Valente
 O diretor de tecnologia para marketing e vendas da Merit Medical Systems (MMSI), Lincoln Cannon, é um cliente frequente de tecnologias de segurança de login único (single sign-on) baseadas na nuvem. “Nossos usuários têm um portal onde realizam apenas uma autenticação”, diz Cannon. O executivo explica que essa é a melhor maneira de oferecer acesso aos softwares tanto a funcionários quanto a distribuidores por meio de qualquer PC ou dispositivo móvel, incluindo o iPad. “Basta rodar nossa aplicação de single sign-on”.


O serviço abrange 350 funcionários e mais de 50 distribuidores e permite fornecer e controlar acesso a determinados recursos internos ou serviços externos na nuvem, incluindo aplicações como Google Docs e softwares de treinamento por meio de um único portal. “A tecnologia está em uso há alguns meses e se provou confiável e de rápida implantação”, diz Cannon.

A tecnologia em questão está se espalhando rapidamente à medida que gestores de TI descobrem que a flexibilidade proporcionada por elas é maior do que se estivessem rodando alguma solução em sua própria rede ou equipamento de segurança.


A empresa NetSpend, baseada no estado de Texas (EUA) e que trabalha com cartões de pagamento recarregáveis e outros serviços financeiros, migrou recentemente de uma solução caseira, que rodava em seu próprio web Proxy, para usar um serviço de single sign-on que controla o uso de redes sociais de 500 funcionários, como o Facebook. O nome do serviço é Actiance.


“Temos de lidar com informações confidenciais frequentemente”, explica o vice-presidente de segurança da informação da NetSpend, Denis Brooker, ressaltando que uma questão crítica é controlar como as informações são compartilhadas. A política da companhia proíbe funcionários de falarem em nome da NetSpend, online,  a menos que a menção da companhia seja parte de algum processo específico de trabalho. “E ninguém tem a permissão de usar jogos, como o Farmville”, afirma Brooker.


“A solução nos dá controles muito granulares sobre o que está acontecendo em um site de rede social”, diz Brooker. Como exemplo, a companhia estabelece controles para grupos que permitem somente leitura e tem moderadores trabalhando com os gerentes nos departamentos parar revisar cada postagem. Se aprovada, a postagem segue. “O melhor foi a implementação do serviço Muito rápida”, completa.


A empresa de manufatura de autopeças Inteva, baseada em Michigan, também recorreu a uma solução em nuvem para a segurança e gerenciamento de smartphones. A companhia, de oito mil funcionários, deve migrar de BlackBerries para dispositivos com Android por uma série de razões. E uma delas é a aplicação do fluxo de aprovações da companhia, mais fácil de visualizar e usar nesses aparelhos, diz o CIO Dennis Hodges.


A Inteva, que usa o fornecedor de nuvem Virtela para serviços que vão desde filtragem de URL a sistemas de compras de circuitos de rede, agora usará a companhia para a segurança e o gerenciamento de celulares, tanto BlackBerries quanto Androids. O custo mensal fica em torno de 5 dólares, diz Hodges, que o considera justo.


O serviço de segurança monitora continuamente se a política de senha está sendo acessada, além de dar ao usuário a possibilidade de formatar o aparelho remotamente ou bloqueá-lo. A tecnologia também mantém aplicativos indesejados fora do smartphone e facilita o gerenciamento da configuração.


Outro ponto importante para a empresa, que faz negócios internacionais em 18 países, é que o Virtela é capaz de identificar as armadilhas das cobranças de taxas de deslocamento. “Roaming internacional é um dos grandes responsáveis pelos custos com telefone”, diz Hodges, acrescentando que o serviço gerenciado pela Virtela consegue reduzir esses custos. Com monitoramento 24/7, o equipamento enviará alertas toda vez que detectar que as atividades de um celular está saindo das políticas corporativas estabelecidas.

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Denis Augusto Valente