Qualidade x Preço - A saga da criação de valor

18/12/2019 10:38 - Por Denis Augusto Valente

Atualmente, vivemos em uma cultura de mercado baseada no preço, o consumidor em geral, está sempre em busca do melhor negócio, antes de adquirir um produto, busca primeiramente a economia, outros critérios como, qualidade, atendimento e experiência, acaba ficando em segundo plano.

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As estratégias do mercado são focadas no preço, o consumidor exige preços baixos e o mercado está exigindo mais ainda, o momento de entender e atender às expectativas do mercado, decidir entre oferecer qualidade e experiência e atender a poucos ou o oferecer preço baixo, atender a massa e ganhar no volume, é o grande dilema dos negócios modernos.


Em regra, preço e qualidade acabam por ser opostos. Manter a alta qualidade de um produto ou serviço exige uma série de fatores que agregam valor e elevam o preço final oferecido. Equipamentos e softwares de ponta, e profissionais altamente avançados são indispensáveis ​​e custam caro. 


O consumidor procura o máximo de qualidade pelo menor preço, abre mão de algumas opções na hora da escolha por causa do preço e esquece disso na experiência. 

Como demonstrar, na hora da compra, que o seu produto deve ser comprado, não pelo valor financeiro, mas pelo valor agregado?


Construir valor, comprovar excelência, oferecer uma experiência diferenciada são uma forma de chegar ao valor intangível do produto.


"Desde a antiguidade, nossos primeiros modelos de civilização, escultores e pintores tinham por submeter seus trabalhos expressando características em suas obras para diferenciá-las dos demais artistas. Artesões, tecelões, entre outros produtores da época iniciaram o processo padronizado de identificação e promoção de suas mercadorias através de selos, siglas e símbolos, pois naquela época já era necessário identificar a origem do produto seja ele fabricado ou agrícola com o objetivo de atestar a procedência e a qualidade dos produtos. 

No século XI as marcas individuais foram obrigatórias no sentido comercial. A marca exige o vínculo entre o fabricante e o comprador, podendo ser direto ou indireto, fornecido a segurança na aquisição do produto de qualidade e possibilitando também a oportunidade de reclamação do comprador a mercadorias se ela não estivesse de acordo com o prometido.”


A história das marcas, com seus tecelões que, de tanto orgulho do produto que fizeram, marcaram seus produtos, mostra de uma maneira simples, que a marca é o orgulho do empreendedor, o resultado da visão que esse profissional tem. 


Criar valores é muito difícil, é preciso um empreendedor convicto, processos eficientes, treinamento, equipe desenvolvida, uma vida empresarial não deve ser baseada na experiência de preço. As empresas que são perenes no mercado, são aquelas que oferecem uma excelente experiência de consumo ao cliente, elas não serão compradas, irão comprar.


Denis Augusto Valente